terça-feira, 26 de maio de 2009

Feira d'Alcochete, do Cavalo, do Forcado e do Fado


A nossa Caseta

Cortesias


No passado sábado, estivemos presentes em Alcochete na primeira feira em homenagem ao cavalo, ao fado e ao forcado. Para além de termos a caseta do nosso grupo no recinto da feira, fomos ainda participar na demonstração da arte do forcado. Esta demonstração consistia em realizar quatro sortes distintas, pega à sorte de gaiola, casa da guarda, pega de caras e no final um concuso de cernelhas. Mas o nosso grupo decidiu também fazer a sorte de cadeira!
O nosso cabo confiou à rapaziada mais nova dos juvenis a honra do nosso grupo, e não deixaram os créditos por mãos alheias. Para a sorte de gaiola, e sabendo o Amorim que nos tinha calhado à sorte uma bela "tia", foi chamado o Luís Carlos Gonçalves (CúBola) que cumpriu bem a sua tarefa aguentando bem a vaca e sendo bem ajudado pelo Paulinho (Piu jr.) nas primeiras ( A meu ver a melhor e mais correcta sorte de gaiola desta tarde).
Depois seguiu-se a casa da guarda. A rapaziada, com apenas um treino desta sorte, esteve muito bem merecendo as palmas do público e dos outros grupos presentes! Para terminar as nossas pegas e com a vontade e entrega que têm mostrado desde o princípio dos treinos, foram chamados o João "Brutos" Peseiro e o Bernardo Teles ( Sardas), para a pega de caras e pega de cadeira, respectivamente. O primeiro nao aguentou o suficiente na primeira tentativa saíndo cá atrás da cara da rez. A pega poderia ter sido dada como concretizada mas com a dignidade que gostamos de manter ao de cima repetimos a pega e ai o Peseiro já esteve melhor e deu-se então feita esta sorte.
Na pega de cadeira, o Sardas adiantou-se de mãos nas duas primeiras tentativas e não conseguiu fechar em condições, mas, com raça e muito querer agarrou-se á terceira tentativa. Mereceu as palmas de toda a praça que reconheceu a raça de um míudo de 15 anos frente do seu oponente.
Para finalizar a nossa prestação nesta tarde, estiveram os primos Zé Tomas (Faísca) e Tó Macedo ( Intitulados naquela tarde de primos Macedo, Tó Zé) que com raça e a entrarem bem no jogo de gado manso como já tinham mostrado em Évora, realizaram então a pega de cernelha!
À noite e para festejar esta bela tarde e também a grande conquista do torneio de cernelhas de Alenquer, fomos jantar ao restaurante Arena dos Petiscos, onde recebemos com muito orgulho o Sr. João Patinhas, o seu filho e cabo do grupo de Évora, Bernardo Patinhas, e alguns elementos do grupo de Évora que entraram muito bem na nossa festa e muitos até experimentaram o tão famoso penálti de sapato do Rui "Peitaças"!! No fim, fomos então para a feira terminar a noite a beber mais uns copos e dar um pézinho de dança! Foi um dia muito bem passado, dentro um ambiente fantástico, só para aficionados! Mais iniciativas destas nunca deixarão acabar a festa dos toiros!
PELO GRUPO DE CORUCHE VENHA VINHO! VENHA!!

Um Abraço, Pedro Galamba


João Peseiro na pega de Caras


Sardas na pega de Cadeira

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Casamento de Helena e Francisco


No sábado, dia 9 de Maio, a família do grupo de Coruche voltou a reunir, desta feita para testemunhar os votos de AMOR entre Helena Pinto e Francisco Amorim.

Este casamento não podia estar mais " enraizado " dentro do Grupo de Coruche, senão vejamos:

Helena Pinto, filha de António Pinto antigo elemento do grupo e irmã de Paulo Pinto que também defendeu a jaqueta do grupo durante alguns anos onde se destacou como primeiro ajuda. Mas a Lena não fica atrás do pai nem do irmão... também ela tem uma aficion á festa dos touros, pega de caras com uma calma invejável, sabe perfeitamente os terrenos que pisa, mas sempre com uma naturalidade impressionante. Não foi há muito tempo atrás que a vimos pegar um novilho na praça de Coruche pelo grupo da Irmandade da Rosa, e que bem esteve!!!

O Francisco respira Grupo de Coruche!!! Filho de Amorim Buchadas valente forcado que se destacou pelas grandes pegas que efectuou ao serviço do nosso grupo. Amorim e Miguel são os irmãos de Francisco e também eles ligados desde sempre ao nosso grupo: Miguel que se tem destacado como rabejador e Amorim, que além de ser o nosso cabo, é um forcado completo, mas com maior destaque para grandes pegas de caras que tem efectuado.

Francisco que começou a pegar muito novo conseguiu o seu espaço dentro do grupo com muito mérito, sempre nos habituou a vê-lo pegar com muita galhardia. Infelizmente, sofreu grave lesão que o afastou umas temporadas. Voltou, porque um bom filho à casa torna, desta vez agarrou o lugar de rabejador que ocupou durante algumas temporadas.

Actualmente, já não se farda mas é incansável nos que diz respeito ao grupo e está sempre pronto para ajudar no que for preciso ajudando assim o irmão Amorim na chefia do grupo.

Assim resta desejar muitas felicidades aos noivos que vivam uma vida repleta de saúde e alegrias e não se esqueçam de dar ao Grupo de Coruche forcadinhos, certo???


Jean!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Tenho o sonho de vir a ser Forcado...

Sou natural de Coruche, frequento o 12º ano e pretendo ingressar no Ensino Superior no próximo ano lectivo. Tenho o sonho de vir a ser Forcado e de envergar a jaqueta do Grupo de Forcados Amadores de Coruche, com o qual tenho vindo a treinar desde o início da temporada transacta.
Conjuntamente com 7 colegas representei Portugal na 60ª Sessão Internacional do Parlamento Europeu dos Jovens, que decorreu entre 17 e 26 de Abril em Estocolmo, na Suécia - resultado de consecutivas vitórias nas Sessões Regional e Nacional. Liderados pelo Professor Álvaro Mayer, fomos seleccionados no início do presente ano lectivo de acordo com critérios como o de bom desempenho enquanto estudantes e facilidade nas línguas estrangeiras.
No dia seguinte ao da chegada, tive a oportunidade de me fardar de Forcado numa mostra dos fatos tradicionais de cada país. A partir dessa noite, dois sentimentos tornaram-se meus companheiros de jornada e não mais me largaram durante os extraordinários momentos que passei em solo escandinavo: Orgulho e Responsabilidade. Orgulho de representar a Vila de Coruche, o Ribatejo e um país de diversas realidades e tradições riquíssimas como o nosso e de envergar a jaqueta do Grupo da minha Terra num país tão distante, tendo como certo que ao fazê-lo estava pronto para assumir a responsabilidade de defender e promover a Festa dos Toiros perante mais de 200 jovens de 32 países. E assim foi: tudo começou nessa noite marcante, quando a timidez das primeiras horas desvaneceu-se à medida que dirigiam elogios à indumentária do Forcado, e mesmo sabendo pouco ou nada sobre o seu papel na Corrida de Toiros à Portuguesa, com verdadeiro entusiasmo me abordavam em busca de respostas às suas dúvidas e prosseguiam com interesse redobrado após a primeira explicação. As confusões com o procedimento seguido nas Corridas de Toiros do país vizinho foram uma constante que me preocupei em clarificar; enumerei as diferenças face à cultura de Toiros vigente em Espanha, de forma a destacar as nossas especificidades. Como seria de esperar, a acutilância das questões colocadas aumentava na directa proporção da minha eloquência enquanto transmissor da identidade luso-ibérica. E os pedidos de fotografias multiplicavam-se.
Não há dúvida que as Corridas de Toiros estão hoje na ordem do dia a nível internacional: não passou dia algum sem que um jovem deputado(a) ou organizador da Sessão me procurasse de modo a trocarmos pontos de vista, interrogar acerca de terminologia específica ou simplesmente para me dar a conhecer os seus argumentos - nos corredores do hotel, nas pausas para Café ou Almoço e mesmo no decorrer das actividades que principiavam ainda madrugada em Portugal e acabavam lá pela hora de jantar.
Nos últimos dois dias da nossa estadia em Estocolmo (aqueles sobre os quais incidiram mais fortemente os holofotes mediáticos e as expectativas dos participantes) realizou-se a Assembleia Geral, a parte do programa mais aguardada em cada Sessão Internacional. Estavam em discussão 15 moções propostas por 15 comités direccionadas para temas da actualidade europeia como a crise económica, os direitos humanos, o comércio internacional e as alterações climáticas. Outra das moções indagava acerca do respeito pelos direitos dos animais e apontava o dedo às Corridas de Toiros, comparando-a com experiências científicas efectuadas com animais vivos no Reino Unido pelo facto de ambas ignorarem os direitos dos animais. Antes de mais, de referir uma salutar diversidade de argumentos utilizados na defesa das Corridas de Toiros. Por outro lado, aqueles que estavam contra limitaram-se a exprimir frases que apelavam à compaixão e recusavam qualquer tipo de dor infligida aos animais, pelo que defendiam a extinção das touradas. E foi precisamente em reacção a um apelo à abolição de qualquer actividade que provoque dor aos animais, que usei da palavra: primeiramente aludi à ignorância evidente em grande parte dos detractores do que se passa numa Corrida de Toiros pela simples razão de que nunca assistiram a nenhuma; referi a importância de acreditar na sustentabilidade das tradições através dos séculos e demonstrei à Assembleia o simbolismo e a amplitude da Festa dos Toiros em Portugal, mas lembrando Espanha, França e México. À validade dos ” meus” argumentos ou ao empolgamento verdadeiro que existe quando se julga estar a protagonizar uma acção meritória na defesa de tudo o que nos é mais intrínseco, o auditório respondeu com ovação.
Esta viagem foi uma oportunidade privilegiada para perceber que a continuidade das nossas tradições depende sobretudo da força com que nos fazemos ouvir e da capacidade de aceder a canais privilegiados. Para além disso, é necessário fomentar o intercâmbio de conhecimentos e pessoas para que possamos criar condições para reunir consensos - espero com esta minha experiência ter dado um contributo para a divulgação da nossa Tauromaquia, de um Portugal rural que se quer ao nível dos desafios do século XXI e que se deve diferenciar por ser sinónimo de uma identidade ímpar no Mundo, criador de ecossistemas singulares, de Toiros e de Toureiros, e não significado de assimetrias ao nível do desenvolvimento regional.


João Mendes

terça-feira, 19 de maio de 2009

Campo Pequeno

No dia 7 de Maio tivemos o prazer de estar presentes na Inauguração da temporada no Campo Pequeno.
Para quem não sabe foi também a nossa primeira corrida desta temporada e apesar do nervosismo e da ansiedade que a primeira corrida nos trás a rapaziada estava motivada e com vontade de triunfar perante o Campo Pequeno.
Depois de ouvirmos as palavras do Cabo a motivação e a vontade de triunfar aumentou muito mais pois tínhamos pela frente 3 bonitos toiros Passanhas com idade peso e trapio!!!
E chegada a hora ai fomos nós...
Para o nosso primeiro toiro da corrida foi o cabo Amorim, que ali naquela praça e na nossa ultima corrida do ano passado se magoou com gravidade partindo a omoplata... já recuperado e com a arte e valentia que o caracterizam foi abrir a nossa temporada de pegas, pegando á segunda tentativa com o grupo coeso a ajudar, depois de na primeira o toiro se ter arrancado solto e com uma investida pouco franca.
Para o nosso segundo da noite foi o forcado Ricardo Dias "Senisga", bem e bonito no site carregou a sua sorte e fez uma grande pega á primeira tentativa destacando-se o primeiro ajuda Rui Carlota "Ruquinha" que deu uma grande ajuda, e agarrou com muita vontade a oportunidade que o cabo lhe deu naquela noite.
No nosso terceiro e ultimo toiro da noite foi cara o valente forcado António Macedo "Sttalone das Pontes" que não deixou o seu apelido por meias medidas e lotou com o toiro até ele se dar por vencido e concretizar assim a sua pega com muita raça, bravura e querer!
Depois seguiu-se o jantar que foi de veras EXTRAÓRDINARIO com muita boa disposição, brincadeira, amizade e acima de tudo muito respeito...
Um grande abraço a todos
e o
GRUPO de CORUCHE é o MAIOR!!!!
Nuno Oliveira

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Treino na Herdade da Pina (Passanha)

No domingo, dia 9 de maio, que antevia a corrida do campo pequeno, e o mais importante, a nossa primeira corrida desta época, fomos até às Alcáçovas (depois de um dia bastante duro na inauguração do tentadero da quinta das Silveiras) para realizarmos mais um treino na conceituada ganadaria Passanha.
Como já vem sendo habito a rapaziada mais nova compareceu e também os lesionados fizeram questão de marcar presença (eu, Marco "Marinhais" e o Nuno "Bocas")!
Tínhamos então para treinar, três rezes bravas. Para abrir a primeira vaca, com uma sorte de gaiola, ofereceu-se o Zé Marques (cigano) que esteve bem a recebe-la embora esta, perdendo a força, acabasse por ir com a cara ao chão estalando um corno.
Esta primeira vaca, a mais pequena das três, foi pegada em primeiro lugar pelos principais candidatos a pegarem no campo pequeno que estiveram à altura como nos têm vindo a habituar (previa-se então que iríamos ter uma noite de glória, novamente, na monumental de Lisboa). A partir daí, devido ao corno estalado, esta vaca começou a defender-se, tirando a cara muitas vezes no momento da reunião.
De salientar ainda, a atenção do Amorim para que os ajudas estivessem também preparados para o inicio da época, rodando as primeiras e as segundas pelos mesmos forcados.
Mas voltando ao treino em si, a segunda vaca, já um pouco maior e com mais força que a primeira, foi aberta pelo Paulinho (piu jr.) que a aguentou e recebeu bem. Esta vaca deu melhor jogo que a primeiro, durando para mais pegas. Por último, a terceira vaca, saiu ao tentadero e logo foi claro que se defendia no momento da reunião e que punha mal a cara no forcado. Por isso o nosso cabo quis que esta vaca servisse apenas para se recuar com ela, recortando-a em primeiro lugar e trazendo-a depois no engano. Acabado o treino, e como neste dia se comemorou o dia da mãe, parámos apenas num café de uma terriola para nos refrescarmos com uma(s) bela(s) mini(s), e seguimos para Coruche cada um para as suas famílias!
Foi assim então mais um treino e mais uma manhã bem passada. Pedimos desculpa também por a crónica não ter saído mais cedo, e até sábado, dia 16, na herdade da Torrinha!

Pelo Grupo de Coruche, VENHA VINHO! VENHA!!
Um abraço, Pedro Galamba